O dia em que fui demitida e mudei a minha vida… para melhor!
set 29
Quando eu era mais nova, imaginava que, quando crescesse, eu seria uma profissional de sucesso. Na minha cabeça, isso significava ter reuniões importantes, trabalhar em grandes empresas, realizar projetos importantes. E então, foquei (ou meus pais que focaram, sei lá) minha vida na minha carreira profissional: boa escola particular, duas universidades, cursos de idiomas, pós-graduação, cursos no exterior, blá blá blá. Eu me considero uma profissional de sucesso. Antes dos 30 estava eu lá, no alto de lindo edifício no meio da Avenida Paulista, com um bom cargo, um bom salário para minha área, com um delicioso dia a dia e uma equipe de excelentes profissionais. Para comunicação corporativa, eu fui além! Minhas pautas envolviam ninguém menos que a presidenta da República, Dilma Rousseff; o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin; o prefeito da cidade, antes o Kassab e depois, Fernando Haddad; o vice-presidente da República Michel Temer… Isso sem contar os internacionais, como o premier do Reino Unido David Cameron ou os diversos governadores, prefeitos e chefes de Estado. Mas também vi de perto grandes nomes do esporte, como Thiago Pereira, da natação; e Murilo Endres, do vôlei. E também da cultura, como a atriz Cristiane Torloni e o escritor Carlos Heitor Cony. Durante dois anos, eu vi diversas autoridades e celebridades de perto e me dediquei de corpo, alma e coração a este emprego, que me parecia tão especial, mas que no fundo, era apenas um emprego. Mas um novo chefe (um dia escrevo sobre a sutil diferença entre ‘chefe’ e ‘gestor’) chegou e, com ele, a realidade de que não se pode ter o lado profissional como único foco, porque a vida é maior que isso. Horas e mais horas no banco, pagamento extra para trabalhos de domingos e feriados… Nada disso parecia importar, porque eu achava que era feliz. Mas, na verdade, eu usava o meu emprego para mascarar todos os outros problemas que eu nunca tinha coragem de enfrentar. Esse novo chefe veio cheio de coisas com as quais eu não concordava. Simples assim. Para mim, ele corrompia os meus valores pessoais e isso me impedia de ser uma boa profissional. Sou dessas, fazer o que? De repente, acordar para ir trabalhar era...
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